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Reflexos ecônomicos do Covid-19 - Novo modus operandi do pequeno empresário

  • Foto do escritor: Philipe Andreucci
    Philipe Andreucci
  • 19 de ago. de 2020
  • 4 min de leitura

Atualizado: 3 de set. de 2020

A pandemia assola o mundo e com ela, juntamente com todo o temor envolvido no assunto, uma “revolução” comercial está acontecendo.


O isolamento social virou uma realidade mundial para combater a disseminação do vírus e achatar a tal da curva de contaminação e as consequentes mortes dos grupos de risco.



No Brasil a situação é igualmente preocupante, após a pandemia de coronavírus atingir o país, a equipe econômica reduziu para 0,02% a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. O Congresso Nacional chegou a promulgar decreto legislativo em que reconhece estado de calamidade pública devido aos reflexos do Covid-19.



O Ministério da Economia divulgou uma revisão das perspectivas para o PIB, a soma dos bens e serviços produzidos ao longo de um ano. No início de março de 2020, a previsão de crescimento da economia já havia sido reduzida de 2,4% para 2,1%. Os casos e as mortes decorrentes do coronavírus pioraram a situação.



Isso não foi necessário porque o estado de calamidade pública, aprovado pelo Congresso a pedido do presidente Jair Bolsonaro, suspende o cumprimento da meta fiscal neste ano, de déficit primário de R$ 124,1 bilhões. Esse resultado considera receitas menos despesas sem o pagamento dos juros da dívida.

Desde 2014, as contas públicas estão no vermelho.



Infelizmente o isolamento necessário não trouxe consigo apenas uma nova maneira de trabalho, praticamente alterou a forma tradicional do comércio, nos fazendo remontar uma idéia de comércio arcaica, onde o vendedor vai até o comprador, haja vista uma boa parte da população estar em casa trabalhando com acesso remoto, escolas operando com ensino à distância, bem como escritórios, consultorias, agências, tribunais, políticos e etc. remotamente de suas casas.



O momento para uma pandemia, em especial para o povo tupiniquim não poderia ser pior. O país que enfrentava uma crise econômica advinda de governos anteriores agora vive uma crise política e, como se não bastasse, o Covid-19 está alterando os costumes de países afora no mundo.



Com a necessidade de ficar em casa e com essa notável alteração do modo operacional em escolas, escritórios, empresas e indústrias percebemos, nos noticiários e por entes queridos, uma preocupação imensa da população em estabelecer novas fontes de renda, de modo que o desemprego já superou a barreira dos 12% no primeiro trimestre de 2020 no Brasil.



Da mesma forma, o pequeno empresário tem inovado na maneira de empreender e manter-se ativo com o cenário econômico totalmente desfavorável e sem data de término. Promoções, entregas domiciliares, descontos progressivos são as maneiras comumente utilizadas.



Se por um lado, tudo que era um sonho do trabalhador (ao menos para os que possuem esse benefício), trabalhar de casa no modo home office, passar mais tempo com a família, não pegar horas de trânsito, ter uma alimentação mais saudável, etc., por outro lado como o pequeno comerciante ou o pequeno empresário adere a esse novo modus operandi?



Uma forma muito interessante e atual de fazer negócios tem sido a utilização das redes sociais. Facilmente se cria um perfil específico com os produtos comercializados, valores e formas de entrega e, depois de algumas dezenas de curtidas e compartilhamentos, seu negócio está ao alcance de milhares de pessoas que podem alcançar outras milhares com poucos toques na tela do celular. Não é necessária a estruturação de uma grande equipe de funcionários, dessa forma, uma organização caseira pode ajudar a suprir a crise vivenciada, ao menos, momentaneamente.



Grandes plataformas conhecidas como as de entrega ou as de transporte vêm realizando campanhas e dando incentivos para seus clientes e seus ”funcionários” (empresas locais, motoristas, pequenos comércios, pequenos restaurantes...), juntamente com campanhas educacionais realizando doações e conscientizando a população a respeito da necessidade de se ficar em casa.



Simultaneamente ao aumento de demanda, calcula-se que o aumento seja de 40% na América Latina, as empresas que operam essas plataformas passaram a adotar diversas ações de combate ao surto, proteção de entregadores e clientes, além de medidas pontuais para garantir espaço num mercado de alta concorrência.



Obviamente que o delivery não resolverá os reflexos da crise da covid-19 para restaurantes e bares, por exemplo, infelizmente, as demissões estão acontecendo o governo nacional colocou em funcionamento o programa de auxílio emergencial de R$ 600 por mês, durante três meses, aos trabalhadores informais.



A medida, comparada com o cheque de US$ 1.200 que o governo dos Estados Unidos está dando a milhões de americanos parece ser irrelevante mas, para muitos brasileiros, pode significar o sustento de uma família. Destaca-se que a crise também é sentida em grandes proporções nos EUA, estima-se que mais de 30 milhões de norte americanos ficaram desempregados só em março de 2020.



Dessa forma, para o pequeno empreendedor brasileiro o impacto do Covid-19 na economia é grande, os índices de desemprego são assustadores, como também a quantidade de pequenos empresários indo à banca rota, o momento pode ser classificado como a maior crise já vivenciada pelo Brasil e não é propício para empreender, mas, com o jeitinho brasileiro, não faltará solidariedade e criatividade para amenizar os impactos dessa crise que impera no mundo e não possui data para acabar.

 
 
 

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